Em nosso planeta, a população idosa vem crescendo consideravelmente. Segundo dados das Nações Unidas, em 2012, 810 milhões de pessoas tinham 60 anos ou mais. Calcula-se que em menos de dez anos, esta população alcance mais de um bilhão e duplique em 2050. O Brasil acompanha a tendência mundial. Em razão desta longevidade da população, os estudos referentes à qualidade de vida e saúde aumentaram, mas por outro lado, sabe-se que as doenças crônicas contribuem para que os idosos acabem se tornando incapazes e dependentes de outras pessoas, sejam eles familiares ou profissionais da área da saúde e outros. O presente estudo teve por objetivo compreender as vivências dos cuidadores de idosos, familiares e profissionais, bem como suas práticas, emoções e sentimentos. Para tal, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 10 cuidadores de idosos sendo 5 familiares e 5 profissionais. Através da analise dos resultados foram identificadas as unidades de significados dos cuidadores familiares e profissionais. Nota-se que existem semelhanças na vivencia entre os cuidadores familiares e profissionais como a questão da finitude, estabelecimento de vínculos, habilidades e formação técnica, assim como diferenças como impacto inicial e jornada de trabalho. Conclui-se que ambos os cuidadores dedicam-se com afinco as suas tarefas no cuidar de idosos, mas, o sofrimento é relativamente maior para os cuidadores familiares que, por muitas vezes, abdicam de seu convívio social e afetivo para se dedicar ao ser do cuidado, correndo risco de adoecer.
Palavras-chave
Cuidadores de idosos. Familiares. Profissionais.