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O OLHAR DA PSICOLOGIA SOBRE A SUBJETIVIDADE NA VIVÊNCIA DA DOR ONCOLÓGICA

Sidney dos Santos Ozanik, Andréa Frizo de Carvalho Barbosa.

Resumo

Atualmente, o conceito biopsicossocial da dor é amplamente aceito, pois de fato a dor pode envolver uma complexa combinação de disfunções físicas, crenças, estratégias de enfrentamento, evolução da doença e as interações sociais do doente. Entre as imensuráveis formas que a dor se manifesta na vida de uma pessoa, o câncer é uma das doenças que englobam a dor em praticamente todos os seus sentidos. Este estudo teve como objetivo compreender e refletir sobre a subjetividade na dor oncológica e proporcionar ao paciente, por meio de atendimento psicoterápico domiciliar, uma melhor qualidade de vida. Foi desenvolvido em parceria com a Associação de Voluntários de Apoio ao Paciente de Câncer, local onde foram identificados os pacientes atendidos. Após o contato e orientações, todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O atendimento terapêutico foi realizado no domicílio de três pacientes, quinzenalmente, com duração média de uma hora para cada membro assistido (paciente e cuidador). Foram realizados oito atendimentos com cada participante. Eles foram descritos após cada sessão e, posteriormente, analisados qualitativamente pela ótica fenomenológica existencial. Notaram-se a partir dos registros algumas dificuldades para o desenvolvimento do atendimento domiciliar e também que, existencialmente, a doença impõe ao indivíduo dificuldades para poder-ser, ou seja, para projetar-se no futuro, estando a sua liberdade perdida na enfermidade. Assim, o acompanhamento psicológico na ótica fenomenológica existencial tem um papel fundamental para o indivíduo que se encontra restrito em suas possibilidades, já que pretende auxiliá-lo na ressignificação da vida e no abrir-se para as possibilidades ainda presentes.


Palavras-chave

Psicologia. Dor. Subjetividade da Dor. Dor Oncológica. Fenomenologia Existencial.


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