A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança. A CIPA é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria 3.214 de 08.06.78 baixada pelo Ministério do Trabalho. A CIPA não é uma invenção brasileira. Este instrumento de prevenção surgiu a partir de uma sugestão de trabalhadores de diversos países reunidos na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Eles recomendaram a criação dos Comitês de Seguridade para grupos de 20 trabalhadores. Nos mais de 150 países atualmente filiados à OIT existem órgãos com diferentes nomes mas com uma só função: preservar a integridade do trabalhador.
Como a CIPA é formada?
A organização da CIPA é obrigatória nos locais de trabalho seja qual for sua característica - comercial, industrial, bancária, com ou sem fins lucrativos, filantrópica ou educativa e empresas públicas - desde que tenham o mínimo legal de empregados regidos pela CLT conforme o quadro 1 da NR-S. A CIPA é composta por representantes titulares do empregador e dos empregados e seu número de participantes deve obedecer às proporções mínimas estabelecidas no quadro citadas e reproduzidas ao lado. O grau de risco no local de trabalho também é levado em conta para a organização da CIPA. Assim, por exemplo, para uma empresa metalúrgica (grau 4) basta ter 20 empregados para ter uma CIPA organizada, enquanto que um banco (grau 1) precisa legal de trabalhadores em uma empresa, mas eles estejam divididos em vários locais de trabalho, a lei determina que deva haver pelo menos uma CIPA que tratará da segurança de todos os trabalhadores da referida empresa.
Os representantes do empregador são designados pelo próprio, enquanto que os dos empregados são eleitos em votação secreta representando, obrigatoriamente, os setores de maior risco de acidentes e com maior número de funcionários. A votação deve ser realizada em horário normal de expediente e tem que contar com a participação de, no mínimo, a metade mais um do número de funcionárias de cada setor. A lista de votação assinada pelos eleitores deve ser arquivada por um período mínimo de três anos na empresa. A lei confere a DRT, como órgão de fiscalização competente, o poder de anular uma eleição quando for constatado qualquer tipo de irregularidade na sua realização.
Os candidatos mais votados assumem a condição de membros titulares. Em caso de empate, assume o candidato que tiver maior tempo de trabalho na empresa. Os demais candidatos assumem a condição de suplentes, de acordo com a ordem decrescente de votos recebidos. Os candidatos votados não eleitos como titulares ou suplentes devem ser relacionados na ata da eleição, em ordem decrescente de votos, possibilitando uma futura nomeação. A CIPA deve contar com tantos suplentes quantos forem os titulares sendo que estes não poderão ser reconduzidos por mais de dois mandatos consecutivos.
A estrutura da CIPA é composta pelos seguintes cargos:
- Presidente (indicado pelo empregador);
- Vice-presidente (nomeado pelos representantes dos empregados, entre os seus titulares);
- Secretário e suplente (escolhidos de comum acordo pelo representante do empregador e dos empregados).
Cabe ao Ministério do Trabalho, através das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTS) fiscalizar a organização das CIPAS. A que não cumprir a lei será autuada por infração ao disposto no artigo 163 da CLT, sujeitando-se à multa prevista no artigo 201 desta mesma legislação.
As atribuições básicas de uma CIPA são as seguintes:
1) Investigar e analisar os acidentes ocorridos na empresa.
2) Sugerir as medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias por iniciativa própria ou sugestão de outros empregados e encaminhá-las ao presidente e ao departamento de segurança da empresa.
3) Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança, ou ainda, de regulamentos e instrumentos de serviço emitidos pelo empregador.
4) Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT).
5) Sugerir a realização de cursos, palestras ou treinamentos, quanto à engenharia de segurança do trabalho, quando julgar necessário ao melhor desempenho dos empregados.
6) Registrar nos livros próprios as atas de reuniões ordinárias e extraordinárias e enviar cópia ao departamento de segurança.
7) Preencher ficha de informações sobre situação da segurança na empresa e atividades da CIPA e enviar para o Ministério do Trabalho. Preencher ficha de análise de acidentes. Deve ser enviada cópia de ambas as fichas ao departamento de segurança da empresa. O modelo destas fichas pode ser encontrado em qualquer DRT.
8) Manter controle sobre as condições de trabalho dos funcionários e equipamentos das empreiteiras e comunicar ao presidente as irregularidades encontradas.
9) Elaborar anualmente o Mapa de Riscos da empresa.
Tarefas
O presidente da CIPA deve coordenar todas as atribuições citadas anteriormente. Ele deve presidir as reuniões e é responsável pela convocação dos cipeiros. Pode determinar tarefas aos membros da comissão, isoladamente ou em grupos de trabalho. Além disso, deve promover o bom relacionamento da CIPA com o departamento de segurança e com os demais setores da empresa. O vice-presidente, por sua vez, deve executar as atribuições que lhe forem delegadas e substituir o presidente em suas faltas ocasionais. Ao secretário da CIPA cabe elaborar as atas de eleições, da posse e das reuniões e manter o arquivo e o fluxo de correspondência atualizada. Os demais membros da CIPA devem participar das reuniões, investigar e analisar os acidentes ocorridos, sugerindo medidas preventivas e realizar inspeções nos locais de trabalho. Além disso, têm a obrigação de promover a divulgação de princípios e normas de segurança junto aos demais trabalhadores e atuar como porta-vozes dos problemas de segurança comunicados pelos empregados. Para o empregador a tarefa é simples: deve prestigiar integralmente a CIPA.
Quando houver denúncia de riscos ou mesmo por iniciativa própria, a CIPA pode promover uma inspeção nas dependências da empresa, divulgando os riscos encontrados ao responsável pelo setor, ao Ministério do Trabalho e ao empregador. Trata-se de uma medida que, em caso de acidente de trabalho, poderá caracterizar a responsabilidade do empregador por omissão ao não atender as providências requeridas. Constatando o risco ou acidente de trabalho, a CIPA discute e encaminha à DRT e ao empregador o resultado das solicitações de providências. Ouvida a DRT, o empregador tem um prazo de oito dias para responder a CIPA, indicando as providências adotadas ou a sua discordância devidamente justificada. Caso a CIPA não aceite a justificativa do empregador, deve solicitar a presença do Ministério do Trabalho no prazo de oito dias a partir da data da comunicação da não-aceitação.
Originada durante o governo do presidente Getúlio Vargas, em 1944, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA completou 55 anos de existência no último dia 10 de novembro de 1999. Coube a ela o mérito pelos primeiros passos decisivos para a implantação da prevenção de acidentes do trabalho no Brasil.
A CIPA surgiu quando a sociedade e alguns empresários já tinham detectado a necessidade de se fazer alguma coisa para prevenir acidentes do trabalho no Brasil. Em 1941, no Rio de Janeiro, foi fundada a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA). Outras experiências também já existiam como das empresas estrangeiras de geração e distribuição de energia elétrica, Light and Power, em São Paulo e no Rio de Janeiro, que há anos já possuíam Comissões de Prevenção de Acidentes.
Outros méritos da existência da CIPA são demonstrar que os acidentes de trabalho não eram ficção e criar a necessidade de ações prevencionistas além das que constavam como sua obrigação.
A CIPA tem sua origem no artigo 82 do Decreto-Lei 7.036, de 10 de novembro de 1944. Apesar do tempo de existência e da tradição da sigla, a CIPA ainda não adquiriu estabilidade organizacional e funcional. Isto em razão dos avanços e recuos, dos altos e baixos resultantes das diversas regulamentações a que foi submetida em meio século de vida.
História da Segurança do Trabalho no Brasil
Amparada por uma legislação específica a partir de 1944 e contemplada nos direitos sociais constitucionais, a segurança do trabalho no Brasil desdobra-se nas atividades das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), disseminadas no cenário empresarial, e na fiscalização realizada por funcionários de setores da administração pública.
O conhecimento dos níveis de ocorrência de acidentes de trabalho é fator indispensável para a adoção de uma política trabalhista e empresarial que preserve o bem-estar do trabalhador e evite custos e prejuízos aos empresários e às instituições previdenciárias. Um dos mecanismos mais utilizados é a elaboração de estatísticas que, por meio de métodos comparativos, mostram o aumento ou queda dos índices de acidentes de trabalho num período e setor de trabalho dados. A organização de estatísticas de acidentes de trabalho foi possível no Brasil a partir do estabelecimento de definições, convenções e regras pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O sistema usual de prevenção de acidentes consiste em investigar os acidentes ocorridos para descobrir sua causa, visando a eliminá-las e prevenir novas ocorrências.
Por meio da coleta e análise dos dados estatísticos é possível delinear objetivamente o programa de prevenção de cada empresa. O levantamento dos coeficientes de frequência e de gravidade dos acidentes permite avaliar a eficiência do sistema de prevenção adotado. Esses coeficientes têm como referência a tabela internacional organizada pela International Association of Industrial Accident (Associação Internacional de Acidentes Industriais).
Esses mecanismos técnicos, legais, sociais e jurídicos ainda não foram suficientes para reduzir de forma significativa os níveis de acidentes de trabalho e de doenças profissionais no Brasil que, em comparação com países de instituições mais avançadas, são muito altos e resultam em graves prejuízos humanos, sociais e financeiros. Os acidentes mais frequentes ocorrem na construção civil, na indústria metalúrgica, na fabricação de móveis, no garimpo e nas atividades agrícolas.
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» Lei Proibido fumar
» Segurança do Trabalho
A informação mais antiga sobre a preocupação com a segurança do trabalho está registrada num documento egípcio. O papiro Anastacius V fala da preservação da saúde e da vida do trabalhador e descreve as condições de trabalho de um pedreiro. Também no Egito, no ano 2360 a.C., uma insurreição geral dos trabalhadores, deflagrada nas minas de cobre, evidenciou ao faraó a necessidade de melhorar as condições de vida dos escravos.
O Império Romano aprofundou o estudo da proteção médico-legal dos trabalhadores e elaborou leis para sua garantia. Os pioneiros do estabelecimento de medidas de prevenção de acidentes foram Plínio e Rotário, que pela primeira vez recomendaram o uso de máscaras para evitar que os trabalhadores respirassem poeiras metálicas.
As primeiras ordenações aos fabricantes para a adoção de medidas de higiene do trabalho datam da Idade Média. Os levantamentos das doenças profissionais, promovidos pelas associações de trabalhadores medievais, tiveram grande influência sobre a segurança do trabalho no Renascimento. Nesse período, destacaram-se Samuel Stockausen como pioneiro da inspeção médica no trabalho e Bernardino Ramazzini como sistematizador de todos os conhecimentos acumulados sobre segurança, que os transmitiu aos responsáveis pelo bem-estar social dos trabalhadores da época na obra intitulada De morbis artificum (1760; Sobre as doenças dos trabalhadores).
Em 1779, a Academia de Medicina da França já fazia constar em seus anais um trabalho sobre as causas e prevenção de acidentes. Em Milão, Pietro Verri fundou, no mesmo ano, a primeira sociedade filantrópica, visando ao bem-estar do trabalhador. A revolução industrial criou a necessidade de preservar o potencial humano como forma de garantir a produção. A sistematização dos procedimentos preventivos ocorreu primeiro nos Estados Unidos, no início do século XX. Na África, Ásia, Austrália e América Latina os comitês de segurança e higiene nasceram logo após a fundação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919.
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» Extintores
Classes de Extintores de Incêndio.
Os extintores de incêndio são normalmente a melhor ferramenta para combater pequenos focos de incêndio, principalmente na sua fase inicial. Veja quais as classes de extintores e suas utilidades:
I-EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO
O agente extintor pode ser o BICARBONATO DE SÓDIO ou de POTÁSSIO que recebem um tratamento para torná-los em absorvente de umidade. O agente propulsor pode ser o GÁS CARBÔNICO ou NITROGÊNIO. O agente extintor forma uma nuvem de pó sobre a chama que visa a exclusão do OXIGÊNIO; posteriormente são acrescidos à nuvem, GÁS CARBÔNICO e o VAPOR DE ÁGUA devido à queima do PÓ.
II-EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)
O GÁS CARBONICO é material não condutor de ENERGIA ELÉTRICA. O mesmo atua sobre o FOGO onde este elemento (eletricidade) esta presente.
Ao ser acionado o extintor, o gás é liberado formando uma nuvem que ABAFA E RESFRIA. É empregado para extinguir PEQUENOS focos de fogo em líquidos inflamáveis (classe B) e em pequenos equipamentos energizados (classe C).
III-EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA - PRESSÃO PERMANENTE
Não e provido de cilindro de gás propelente, visto que a água permanece sob pressão dentro do aparelho. Para funcionar, necessita apenas da abertura do registro de passagem do líquido extintor.
IV-EXTINTOR DE ÁGUA - PRESSÃO INJETADA
Fixado na parte externa do aparelho está um pequeno cilindro contendo o gás propelente, cuja válvula deve ser aberta no ato da utilização do extintor, a fim de pressurizar o ambiente interno do cilindro permitindo o seu funcionamento.
O elemento extintor é a água, que atua através do resfriamento da área do material em combustão. O agente propulsor (propelente) é o GÁS CARBÔNICO ({CO2}).
» Primeiros Socorros
Estes são alguns procedimentos que poderão auxiliá-lo em caso de emergência. É importante mencionar que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico.
TRANSPORTE DE VÍTIMAS
- Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa.
- Para puxá-la para um local mais seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor.
- Para erguê-la, você e mais duas ou três pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca. Se precisar, improvise com pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós.
- Apoie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás.
PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
O que acontece
Além de apresentar ausência de respiração e pulsação, a vítima também poderá apresentar inconsciência, pele fria e pálida, lábio e unhas azulados.
O que não se deve fazer
- NÃO dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la.
- Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não está batendo.
Procedimentos Preliminares
- Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão. Faça isso com a ajuda de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesionar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração.
Se positivo, retire-a.
RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR
· Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito.
- Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar a respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.
- Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
- Esta sequência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada dez pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.
FRATURAS É a quebra de um osso, causada por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamento.
Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que apesar do choque, deixam a pele intacta, e as expostas, quando o osso fere e atravessa a pele. As fraturas expostas exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou gaze e procure socorro médico imediato.
Fratura Fechada - Sinais Indicadores
- Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação.
- Incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da região.
- Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro machucado.
O que não se deve fazer
- Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido.
- Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água.
O que fazer
- Solicite assistência médica, enquanto isso, mantenha a pessoa calma e aquecida.
- Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea.
- Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala.
- Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de gelo para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma.
SANGRAMENTOS As Hemorragias
Hemorragia externa: é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo (veia ou artéria).
Hemorragia interna: é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.
Sangramentos Externos - O que fazer
- Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração.
- Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e as mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos.
- Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação sangüínea. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos.
Obs: quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada.
Sangramentos Internos - Como verificar e como agir
- Os sinais mais evidentes são: pele fria, úmida e pegajosa, palidez, pulso fraco, lábios azulados e tremores.
- Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertores.
- Peça auxílio médico imediato
Sangramentos Nasais - O que fazer
- Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja engolido, provocando náuseas.
- Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local.
- Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz.
- Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.
Torniquetes - Como fazer
O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não há a parada do sangramento. Veja como:
- Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um nó simples.
- Em seguida, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido.
- Marque o horário em que foi aplicado o torniquete.
- Procure socorro médico imediato.
- Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado.
» Tabagismo
Em defesa dos não-fumantes
Se você quer fumar, o problema é seu certo?
Erradíssimo! O problema é de todos nós, desde os que se deixam agredir voluntariamen-te pelo festival de substâncias tóxicas presentes no cigarro e, principalmente, dos cidadãos conscientes que optaram por não fumar mas se viam obrigados a dividir os malefícios causados pelo cigarro. Eu disse se viam obrigados pois à partir de maio de 2009 começou a vigorar a Lei Estadual Nº. 13.541 que proibe o consumo de produtos fumígenos e seus derivados em locais de uso coletivo, públicos ou privados protegendo assim a saúde de todos os não fumantes. Veja a lei na integra e façamos valer este nosso direito.
Boas razões para se deixar de fumar
PARA OS ADOLESCENTES
- Mau hálito
- Vestes e cabelos impregnados pelo odor do fumo
- Dentes escuros
- Dores de garganta
- Tosse
- Infecções respiratórias freqüentes
- Falta de ar
- Mau desempenho nas atividades esportivas
- Despesas com cigarros
- Perda da independência - "ser controlado pelo cigarro"
- Mau desempenho sexual
PARA AS MULHERES GRÁVIDAS
- Risco aumentado de aborto espontâneo e morte fetal
- Risco aumentado de imaturidade pulmonar do feto
- Risco aumentado de recém-nascido com baixo peso ao nascer
PARA OS PAIS
- Bronquite, alergias e infecções respiratórias mais frequentes entre as crianças dos pais fumantes
- Mau exemplo para os filhos
PARA OS ADULTOS SEM SINTOMAS
- Risco duplicado de doença cardíaca
- Seis vezes maior o risco de enfisema pulmonar
- Dez vezes maior o risco de câncer de pulmão
- Esperança de vida encurtada de cinco a oito anos
- Despesas aumentadas com cigarros
- Respiração difícil
- "Hábito" socialmente inadequado, por causar doenças naqueles que não fumam
- Envelhecimento precoce, com aparecimento de rugas
- Dentes e pontas de dedos escuros
PARA OS ADULTOS COM SINTOMAS
- Infecções das vias aéreas superiores e inferiores
- Tosse
- Dor de garganta
- Doenças nas gengivas
- Dispnéia (falta de ar)
- Úlceras do trato digestivo
- Angina (dor no peito)
- Claudicação (dificuldade para caminhar por dor nas pernas)
- Osteoporose (ossos mais frágeis e mais propensos a fraturas)
- Esofagite
- Impotência sexual
- Redução do desempenho na atividades físicas
PARA OS FUMANTES RECENTES
- Mais fácil parar agora
- Menos riscos de adoecer
PARA QUALQUER FUMANTE
- Garantia de que outros não sejam afetados pelos males da sua fumaça
- Economia de dinheiro
- Melhora da resistência física para exercícios
- Melhora da qualidade de vida
- Sensação de bem-estar e certeza de ter conquistado algo importante para si (elevação da auto-estima).
Fonte: Ministério da Saúde, Secretaria Nacional de Assistência à saúde, Instituto Nacional do Câncer, Coordenação Nacional do Controle do Tabagismo e Prevenção Primária do Câncer (Contapp).
O organismo de quem para de fumar
O cigarro causa grandes prejuízos à saúde do fumante. Para ter uma ideia da extensão desses danos, veja abaixo o que ocorre ao organismo quando alguém para de fumar:
- Após 20 minutos: a pressão arterial tende a voltar ao normal, a frequência do pulso volta ao normal, a temperatura das mãos e dos pés sobe para o normal.
- Após 8 horas: o nível de gás carbônico do sangue volta ao normal, o nível de oxigenação no sangue aumenta para o normal.
- Após 24 horas: diminuem os riscos de um ataque cardíaco.
- Após 48 horas: os nervos funcionam melhor, a pessoa começa a sentir melhor o cheiro e o gosto das coisas.
- Após 72 horas: os brônquios relaxam, tornando a respiração mais fácil; o pulmão funciona melhor.
- Após 2 semanas a 3 meses: a circulação do sangue aumenta; o caminhar torna-se mais fácil.
De 1 a 9 meses: diminuição da tosse, da congestão nasal, do cansaço e da falta de ar; o movimento ciliar dos brônquios volta ao normal, limpando os pulmões e reduzindo os riscos de infecções respiratórias; aumento da capacidade física e da energia corporal.
Fumaça
Substâncias da Fumaça do Cigarro
Nicotina/Monóxido de Carbono/Alcatrão
Cigarros de Baixos Teores
O modo de fumar é determinado pela necessidade do fumante em consumir nicotina (que lhe traz a sensação de satisfação). Os fumantes utilizam artifícios para alcançar tal sensação ao fumarem cigarros com baixos teores, dando tragadas mais profundas. Assim, aumentam o número de tragadas por cigarro, aumentam o número de cigarros fumados e bloqueiam os orifícios de ventilação dos filtros para aumentar a concentração de fumaça inalada durante a tragada.
Esses artifícios são conhecidos como compensação e têm sido, extensivamente, documentados na literatura científica, sendo bem conhecidos da indústria do tabaco há mais de 20 anos. Testes demonstram que, em "condições de fumo realísticas", existe uma diferença muito pequena entre os cigarros denominados "light" e os comuns. Na verdade, eles podem até produzir quantidades maiores de alcatrão, nicotina e monóxido que os cigarros tradicionais testados.
Por mais que a indústria do fumo afirme que realiza pesquisas visando ao desenvolvimento de produtos alternativos, na verdade, ela estuda produtos e formas de distribuir a nicotina em dispositivos que contenham menos teor de determinadas substâncias, como o alcatrão, por exemplo, e mantendo a nicotina, que causa a dependência.
Quando cigarros industrializados ou de fumo-de-rolo, cachimbos e charutos são acesos, algumas substâncias são inaladas pelo fumante e outras se difundem pelo ambiente.
Essas substâncias são nocivas à saúde.
Todas as formas de uso do tabaco, inclusive os cigarros com mentol, filtros especiais, com baixos teores (light, extra-light) etc. têm uma composição semelhante, não havendo, portanto, cigarros "saudáveis" ou cachimbos e charutos que façam menos mal. Isso ocorre porque, mesmo escolhendo produtos com menores teores de alcatrão e nicotina, os fumantes acabam compensando essa redução, fumando mais cigarros por dia e tragando mais freqüente ou profundamente, ou seja, fazendo outras modificações compensatórias em conseqüência da dependência à nicotina.
A fumaça do cigarro é uma mistura de cerca de cinco mil elementos diferentes. Ela é formada pelos seguintes componentes:
Nicotina - considerada droga pela OMS. Sua atuação no sistema nervoso central é como a da cocaína, com uma diferença: chega entre dois e 4 segundos mais rápido ao cérebro que a própria cocaína. É uma droga psicoativa, responsável pela dependência do fumante. É por isto que o tabagismo é classificado no Código Internacional de Doenças (CID-10) como grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas. A nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, acelerando a freqüência cardíaca, com conseqüente vasoconstricção e hipertensão arterial. Provoca uma maior adesividade plaquetária, e juntamente com o monóxido de carbono leva à aterosclerose. Contribui assim para o surgimento de doenças cardiovasculares. No aparelho gastrintestinal, a nicotina estimula a produção de ácido clorídrico, podendo levar ao aparecimento de úlcera gástrica. Também estimula o sistema parassimpático, o que pode causar diarréia. A nicotina libera substâncias quimiotáxicas, que vão atrair para o pulmão os leucócitos neutrófilos polimorfonucleares, a maior fonte de elastase, que destrói a elastina e provoca o enfisema pulmonar (Orleans e Slade, 1993; Rosemberg, 1996).
Monóxido de Carbono (CO) - tem afinidade com a hemoglobina (Hb), contida nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para os tecidos de todos os órgãos do corpo. A ligação do monóxido de carbono com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a arterosclerose.
Alcatrão - composto de mais de 40 substâncias comprovadamente carcinogênicas que incluem o arsênio, níquel, benzopireno e cádmio. Carcinogênicas são substâncias que provocam câncer como os resíduos de agrotóxicos nos produtos agrícolas, como o DDT, e até substâncias radioativas, como é o caso do polônio 210 e do carbono 14, todos encontrados no tabaco.
Vale ressaltar que as substâncias da fumaça do cigarro têm efeitos sobre a saúde do fumante, mas também sobre a saúde do não-fumante, exposto à poluição do ambiente causada pelo cigarro.
Tabagismo Passivo
Absorção da Fumaça do Cigarro por Não-Fumantes
Os não-fumantes expostos à fumaça do cigarro absorvem nicotina, monóxido de carbono e outras substâncias da mesma forma que os fumantes, embora em menor quantidade. A quantidade de tóxicos absorvidos depende da extensão e da intensidade da exposição, além da qualidade da ventilação do ambiente onde se encontra a pessoa. Considerando-se o monóxido de carbono, sabe-se que o padrão de qualidade do ar bom é de 9ppm (partes por milhão) e que a concentração máxima permitida no ar urbano é de 30ppm. Nas cidades com altos índices de poluição ambiental, ao serem atingidas 40ppm de monóxido de carbono, são acionadas medidas de controle de poluição, a fim de proteger e alertar a população para o problema.
Nos ambientes de trabalho fechados, a Organização Internacional do Trabalho-OIT considera 50ppm como a concentração máxima a ser atingida, uma vez que o homem é um ser biológico capaz de suportar exposições dessa natureza por algum tempo. No entanto, colocando-se 25 fumantes consumindo 4 cigarros por hora em uma sala de 1.000 m³, rapidamente se atingirá 100ppm de monóxido de carbono, sem que haja nenhum controle ou preocupação em desencadear ações para o controle da poluição ambiental.
A permanência em um ambiente poluído faz com que se absorvam quantidades de substâncias tais como a nicotina em concentrações semelhantes às de quem fuma. Tal comprovação é feita através da medição da cotinina, principal produto da decomposição da nicotina. Esta substância pode ser encontrada no sangue e na urina de não-fumantes que moram ou trabalham com fumantes. Tendo em vista que as pessoas passam 80% de seu tempo em locais fechados tais como trabalho, residência, locais de lazer e hospitais, o cigarro é considerado, pela Organização Mundial de Saúde, como o maior agente de poluição doméstica ambiental.
Cada vez mais autoridades governamentais estabelecem regulamentos que protegem o não-fumante. Além disso, houve um aumento da conscientização dos indivíduos sobre o ar que eles respiram, não só em casa, como nos ambientes de trabalho e locais públicos. No Brasil progressivamente surgem leis em nível estadual e municipal preservando os direitos dos não-fumantes, o que mostra um avanço na conscientização das autoridades no que tange à poluição tabágica ambiental. Mas pode-se fazer mais, estimulando-se locais de trabalho, escolas, unidades hospitalares e outros setores da sociedade a desenvolverem uma política de proteção ao não-fumante em ambientes fechados.
Efeitos da Fumaça sobre a Saúde do Não-Fumante:
Os fumantes passivos sofrem os efeitos imediatos da poluição tabágica ambiental, tais como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de seus problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias, e aumento de problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito).
Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter arteriosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças. Além disso, os fumantes passivos morrem duas vezes mais por câncer de pulmão do que as pessoas não submetidas à poluição tabágica ambiental. As crianças, principalmente as de baixa idade, são enormemente prejudicadas em sua convivência involuntária.
Doenças Associadas ao Uso do Cigarro:
Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 80 mil pessoas morram precocemente devido ao tabagismo, número que vem aumentando ano a ano. Em outras palavras, cerca de 10 brasileiros morrem por hora por causa do cigarro.
As doenças associadas ao uso do cigarro revelam a abrangência dos efeitos nocivos do uso do fumo.
Câncer
O fumo é responsável por 30% das mortes por câncer e 90% das mortes por câncer de pulmão. Os outros tipos de câncer relacionados com o uso do cigarro são: câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero.
Doenças Coronarianas
25% das mortes causadas pelo uso do cigarro provocam doenças coronarianas tais como angina e infarto do miocárdio.
Doenças Cerebrovasculares
O fumo é responsável por 25% das mortes por doenças cerebrovasculares entre elas derrame cerebral.
Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas
Nas doenças pulmonares obstrutivas crônicas tais como bronquite e enfisema 85% das mortes são causadas pelo fumo.
Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro e ampliam a gravidade das conseqüências de seu uso são:
- Aneurismas arteriais
- Úlceras do trato digestivo
- Infecções respiratórias
» AIDS
O que é AIDS
Aids é uma doença causada pelo vírus HIV, que destrói os mecanismos de defesa do corpo humano, provocando a perda da imunidade (resistência) natural que as pessoas possuem e permitindo o aparecimento de várias outras doenças, chamadas doenças oportunistas.
A "abreviatura" Aids vem da denominação em inglês da doença. Nos países de língua latina (Portugal, Espanha, França) costuma-se usar a sigla SIDA. No Brasil, é conhecida como AIDS.
AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se desenvolvem conjuntamente e que indicam a existência de uma doença. A Aids é definida como síndrome porque não tem uma manifestação única, pelo contrário, caracteriza-se pelo surgimento de várias doenças sucessivas e simultâneas, que ocultam a sua verdadeira causa.
Imunodeficiência: Trata-se de uma deficiência do sistema imunológico. "Imuno" refere-se ao sistema imunológico que é responsável pela capacidade natural que o corpo humano possui para se defender das doenças. "Deficiência" quer dizer que o sistema imunológico é incapaz de defender o organismo humano das doenças que o atacam.
Adquirida: Existem formas de deficiência hereditárias. No caso da Aids, a imunodeficiência ocorre por contágio com pessoas ou veículos (sangue, esperma, secreções vaginais) em que o vírus esteja presente.
O Vírus HIV
Em 1983, cientistas franceses conseguiram identificar e isolar o agente causador da Aids: era um vírus, ao qual deram o nome de LAV. Meses depois, cientistas americanos conseguiram isolar um vírus ao qual deram o nome de HTLV lll, também causador da Aids.
Como se tratava do mesmo vírus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou uma proposta, que foi aceita, de chamá-lo de Vírus da Imunodeficiência Humana, cuja sigla em inglês é HIV, forma como o vírus ficou conhecido no Brasil.
Os vírus são micróbios muito pequenos que não podem se vistos a olho nu. Eles não conseguem sobreviver sozinhos, de maneira indpendente. Por isso, ao invadirem o organismo humano, procuram penetrar em alguma célula, tornando-se parasitas para conseguirem sobreviver e multiplicar-se.
Quando sofremos o ataque de um micróbio (vírus, bactérias, fungos), que tenta penetrar em nosso corpo, o sistema de defesa do organismo entra em ação e impede que esses invasores nos prejudiquem. Ou seja, o organismo humano é protegido do vírus e dos outros micróbios pelo sistema imunológico que podemos chamar de "polícia" do corpo humano, pelo papel de defesa que ele exerce.
O vírus HIV, ao penetrar no organismo, também vai à procura de uma célula para conseguir sobreviver e multiplicar-se. E as células escolhidas pelo vírus HIV são exatamente as células que fazem parte do sistema imunológico e que são responsáveis pela defesa do organismo. Além dessas células, o vírus da Aids também tem atração pelas células do sistema nervoso central.
O HIV pertence a uma "família" (espécie de vírus) denominada retrovírus, ou seja, um vírus cujo código genético é formado por RNA e que para se reproduzir precisa usar o DNA de outras células.
Existem dois tipos de vírus causadores da Aids. O HIV-1 e o HIV-2, que se diferenciam tanto pela variabilidade genética de seus códigos quanto pelas suas ações no organismo. Segundo o pesquisador americano Richard Marlink, da Universidade de Harvard, o HIV-1, o vírus que é mais comum no Ocidente, chega a ser dez vezes mais mortal que o HIV-2, que existe quase que exclusivamente na África. Esta afirmação foi feita na Vlll Conferência Internacional de Aids, realizada em Amsterdã (Holanda), em julho de 1992.
Sistema Imunitário
Nosso corpo é formado por células e cada grupo de células tem uma função clara e determinada. Um grupo de células, chamado linfócitos (glóbulos brancos), tem a função de defender nosso organismo das doenças e infecções e, como já vimos, o vírus da aids escolhe justamente as células que compõem o nosso sistema de defesa (imunológico) para viver.
Os linfócitos são um tipo importante de grupo de células e se dividem em duas categorias: os linfócitos B e os linfócitos T.
Os linfócitos B protegem o corpo contra os micróbios, fabricando substâncias chamadas anticorpos, que vão "colar-se" ao micróbio, impedindo-o de agir.
Entre os linfócitos T, os T4 (também chamados CD4) são os responsáveis no processo de defesa do nosso organismo, por "alertar" o sistema imunológico que é necessário se defender. Sem estar avisado de que precisa combater os "invasores", o nosso sistema imunológico não funciona.
Os linfócitos T8 (também chamados CD8) destroem as células já infectadas ou doentes. Os linfócitos estão presentes principalmente no sangue e em órgãos chamados gânglios linfáticos, que têm a forma de um pequeno feijão ou de uma bolinha e estão espalhados no corpo (pode-se apalpar alguns nas axilas ou virilhas).
Por fim, os macógrafos são grandes células imunitárias. São consideradas como os "lixeiros" do organismo: digerem os "resíduos" saídos das células mortas e os micróbios. Os macógrafos agem principalmente no interior dos órgãos e pouco no sangue. O vírus HIV pode infectar os linfócitos T4 (CD4) e os macógrafos, mas não os linfócitos T8.
Como o organismo se defende
O HIV dirige seu ataque contra os CD4 e os macógrafos, destruindo-os. O corpo reage, produzindo anticorpos anti-HIV e fabricando mais linfócitos CD4. Em geral, o sistema imunitário continua a funcionar bem durante vários anos após a infecção pelo HIV. Nessa fase chamada de "assintomática" (sem sintomas), a pessoa não apresenta nenhum sinal visível da doença. Entretanto, no decorrer desse período, o vírus se multiplica muito intensamente e um grande número de linfócitos CD4 é destruído a cada dia. Quando não se faz o tratamento anti-HIV, o sistema imunitário se enfraquece progressivamente e o número de T4 diminui.
Quanto mais o HIV se multiplica no organismo, mais a carga viral (a quantidade de vírus no sangue) se eleva. Níveis altos indicam um risco de evolução da infecção pelo HIV e baixa do CD4. A carga viral é chamada "indetectável" quando está tão baixa que os testes utilizados atualmente não a podem medir. Porém, estar com a carga viral indetectável não significa que o HIV não esteja mais presente no organismo.
Janela Imunológica
Após a infecção, o organismo leva de duas a doze semanas para produzir uma certa quantidade de anticorpos que possam ser detectados pelo exame de sangue específico e este período é chamado de "janela imunológica", ou seja, é o tempo entre a infecção pelo vírus e a soroconversão (quando os anticorpos passam a ser detectáveis no sangue e os testes sorológicos tornam-se positivos).
Caso o teste seja feito durante a "janela imunológica", é provável que dê um resultado falso-negativo, embora a pessoa já esteja infectada pelo HIV e possa transmiti-los a outras pessoas.
Quando um paciente tem seu sangue testado para pesquisa de anticorpos contra o vírus HIV (devido a uma história de risco para a aquisição da infecção) e inicialmente este teste mostra-se negativo, é recomendado o seguimento clínico e laboratorial (repetição de exames sorológicos) por um período médio de 18 meses, considerando-se que não houve, neste período, outro contato de risco.
Cerca de 95% dos pacientes apresentam soroconversão em cerca de 6 meses. Daí a importância do seguimento clínico, uso de medidas de prevenção e repetição de exames laboratoriais neste período de 18 meses (com retornos variáveis de acordo com cada serviço, sendo na maioria dos casos após 3, 6,12 e 18 meses).
Após a entrada do vírus no organismo, a pessoa infectada pode vir a contaminar outra (s) pessoa (s) mesmo que ela não esteja sentindo nada ou que nem sequer saiba que é portadora do vírus da Aids. É que o vírus HIV possui um longo período de incubação (latência), ou seja, apesar de estar contaminado, o portador do vírus não apresenta nenhum sintoma, nada que indique o seu estado e pode permanecer assim por um longo período.
Soropositivos
As pessoas contaminadas pelo vírus HIV, mas que não desenvolveram a doença, e/ou nem apresentaram sintomas são chamadas de soropositivos, portadores assintomáticos ou portadores sadios.
O que as caracteriza é o fato de que apesar da contaminação pelo HIV, elas não apresentam qualquer sintoma da doença podendo este estágio durar por toda a vida do indivíduo. Não confunda: aidético são os portadores do vírus que já desenvolveram a doença. Ainda não é possível saber quando algum portador do vírus vai desenvolver sintomas da doença ou mesmo a Aids (infecção aguda generalizada).
Das pessoas contaminadas somente uma minoria vai desenvolver a forma mais grave de infecção, ou seja, a Aids.
A Aids se manifesta em razão do enfraquecimento muito acentuado das defesas orgânicas, oportunidade em que os germes habitualmente aproveitam para invadir o organismo.
Aparecem então, as doenças oportunistas, assim chamadas porque se desenvolvem somente nessas condições favoráveis. As doenças oportunistas se classificam em: neurológicas (meningites, encefalites), cânceres e infecções.
No Brasil, as principais doenças oportunistas que acometem aqueles que desenvolvem AIDS são:
Candidíase (sapinho);
Pneumonia por Pneumocistys carinii (um tipo de protozoário);
Tuberculose;
Toxoplasmose;
Sarcoma de Karposi;
Herpes.
Terapia Anti-Retroviral
O acompanhamento médico e os tratamentos anti-HIV (coquetéis) têm por finalidade evitar o enfraquecimento do sistema imunitário e impedir o desenvolvimento de doenças oportunistas, permitindo assim, que a pessoa conserve boa saúde.
A terapia anti-retroviral é o tratamento com medicamentos chamados anti-retrovirais (ARVs), que combatem o HIV. A terapia só deve ser administrada a pessoas com teste positivo para HIV e com acompanhamento médico.
Monoterapia é o tratamento com apenas um ARV, é usada para reduzir o risco da transmissão do HIV, por exemplo, em ferimentos com agulhas de injeção ou da mãe para o filho. Não é utilizada para tratar pessoas soropositivos porque a resistência se desenvolve logo.
Terapia Associada (tratamento com dois ou mais anti-retrovirais) é usada para tratar pessoas com HIV. O motivo é que os medicamentos combatem o HIV de maneiras diferentes e são, portanto, mais eficazes quando usados em conjunto.
Seguir as instruções dos medicamentos corretamente é o que se chama de adesão.
Formas de Transmissão
O vírus da Aids pode ser transmitido através do:
sangue, líquido seminal, esperma, secreção vaginal e leite materno.
As formas de transmissão do vírus HIV são:
Relações sexuais com pessoas contaminadas sem uso do preservativo (camisinha);
Transfusão de sangue contaminado;
Uso de agulhas, seringas e objetos perfuro-cortantes contaminados;
da mãe para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
O vírus HIV não se transmite:
Num abraço, beijo no rosto, beijo na boca, espirro, tosse, carinho, carícia, aperto de mão, lágrimas, suor, saliva;
Em assentos públicos, picadas de insetos, pias, piscinas, saunas, ônibus, elevadores;
Dormindo no mesmo quarto, na mesma cama, usando as mesmas roupas e lençóis, batom, toalhas e sabonetes;
Trabalhando no mesmo ambiente, frequentando a mesma sala de aula, teatro, cinema, academia de ginástica, restaurante;
Doando sangue, utilizando material descartável.
» Postura
Uma postura correta é importante para prevenir problemas de coluna.
» Stress
O stress é a resposta do organismo a determinados estímulos que representam circunstâncias súbitas ou ameaçadoras. Para se adaptar à nova situação, o corpo desencadeia reações que ativam a produção de hormônios, entre eles a adrenalina. Isso deixa o indivíduo em estado de alerta e em condições de reagir. Esta reação é normal e necessária ao ser humano, só passando a ser prejudicial quando se mantém de forma inadequada e por períodos prolongados; provoca uma infinidade de complicações, entre elas o enfraquecimento do sistema de defesa, deixando o corpo vulnerável a todo tipo de enfermidade.
O aparecimento do stress pode estar relacionado a situações reais ou imaginárias, e suas principais causas podem ser: acúmulo de raiva e sentimentos negativos, problemas de relacionamento, descontrole diante de situações críticas, preocupação excessiva, falta de descanso.
Existem três fases de evolução do stress:
- Fase de Alerta: Ocorre quando existe reação a uma ação externa;
- Fase de Resistência: O indivíduo pode controlar-se naturalmente ou continuar estressado;
- Fase de Exaustão: Persistindo a situação de stress, possivelmente surgirá uma série de doenças crônicas como, hipertensão, úlceras, alterações no sono, etc.
Procure tentar evitar o stress; se isso não for possível, interrompa a sua sequência.
Em seguida, daremos algumas sugestões para a prevenção do stress:
- Alimente-se de maneira saudável e em períodos regulares;
- Evite fumo, café, e bebidas alcoólicas;
- Mantenha pelo menos uma atividade física periódica, com orientação médica;
- Programe e tire férias anuais;
- Crie atividades de lazer;
- Delegue atividades e aprenda a trabalhar em grupo;
- Procure ser mais compreensivo e menos exigente;
- Reavalie suas atividades e modo de pensar; e
- Administre seu tempo realizando uma atividade por vez.
Semana Interna de Prevenção de Acidentes - SIPAT
A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho tem como objetivo integrar e conscientizar os trabalhadores sobre a importância de conservar e proteger a saúde e a integridade física dos mesmos. As empresas devem anualmente, de acordo com a NR 5 da portaria 3214/78, promoverem a SIPAT, desenvolvendo palestras, tendo temas voltados para segurança e saúde do trabalhador. A SIPAT está prevista para acontecer em outubro deste ano e durante os eventos poderá haver concursos e gincanas com sorteios de brindes para que haja uma maior participação e interesse dos funcionários da empresa.
Temas que podem ser abordar na SIPAT:
- O que é SIPAT?
- Atos Inseguros
- Condições Inseguras no ambiente de trabalho
- Princípios de Combate a Incêndio
- O que é Mapa de Riscos?
- AIDS
- Doenças Sexualmente Transmissíveis
- Noções Básicas de Primeiros Socorros
- O que você deve saber sobre Toxicologia?
- Princípios Básicos de Segurança
- Ergonomia no ambiente de trabalho
- Stress
- Alcoolismo
- Tabagismo
- Drogas
- Prevenção de Acidentes