O Conselho Regional de Química - IV Região (CRQ-IV) realizou nesta última semana, em sua sede, o Fórum 2013: Ensino Básico de Química, destinado a discutir medidas visando a estimular o interesse de estudantes por ingressar na área, tanto no campo acadêmico (como professores e/ou pesquisadores), como para atuação em empresas. O evento teve o apoio do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp) e da Secretaria Estadual da Educação e contou com a participação da professora Lice Fronza e do coordenador do Departamento de Análise de Solo do CEP/UME, Márcio Rodrigues. Voltado principalmente para professores e organizado pela Comissão de Ensino Técnico do CRQ-IV (CTEC), o evento teve a participação de aproximadamente 200 profissionais. Integrante da comissão, a engenheira química Marta Eliza Bergamo explicou que o fórum buscou promover o debate de ideias em torno de projetos que mudem a imagem da Química perante os jovens que cursam o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e o Ensino Médio. Segundo ela, a comissão realizou estudos que detectaram uma relutância dos adolescentes em ver a Química como alternativa de carreira. "Os professores podem quebrar essa resistência mostrando as diferentes possibilidades de cursos existentes e de ingresso no mercado de trabalho. As empresas estão com dificuldades para encontrar mão de obra qualificada e isso cria uma demanda que pode ser explorada", avaliou. Um dos assuntos discutidos nos debates foi a criação de cursos de preparação de professores por meio de parcerias entre universidades públicas e a Secretaria de Educação. De acordo com Natalina Mateus, "a Secretaria recebe diversas propostas de cursos e avalia o currículo, a qualidade e a pertinência de todas". Ela acrescentou que as iniciativas podem também partir de professores que buscam capacitação nos níveis local e regional, o que facilitaria o atendimento da pasta às demandas existentes. Oportunidades - Novas ideias podem gerar metodologias mais eficazes para melhorar o ensino da Química nas escolas, avaliou Edmilson Martins, da Diretoria de Ensino de Taubaté. Ele acredita que, por meio de parcerias, diversas iniciativas podem tornar a Química menos "abstrata" para os estudantes. "Ninguém consegue visualizar um átomo, mas se tivermos como fazer uma simulação na sala de aula, o aprendizado fica mais fácil", exemplificou. Outra opção, segundo Martins, é explorar aspectos do cotidiano, como a culinária, e ressaltar a importância da Química em relação aos alimentos.