O segundo termo do curso de Pedagogia promoveu o debate sobre cotas raciais para ingresso nas universidades. O polêmico assunto se enquadra no contexto das políticas públicas direcionadas pelos recentes governos com o objetivo de realizar ações afirmativas no sentido da inclusão das populações negras e índias no ensino público superior brasileiro. De acordo com o professor doutor Nivaldo Correia da Silva, que ministra a disciplina História da Educação Brasileira e Relações Étnico-raciais, este é um assunto que está vivo e presente na sociedade brasileira e que divide opiniões. Segundo o docente, "de um lado, há os favoráveis às cotas que defendem a ideia de tratar-se de uma forma de saldar a dívida histórica para com grupos étnicos: negros, afrodescendentes e indígenas que foram excluídos das oportunidades criadas pela sociedade ao longo do processo histórico. Por outro lado, existem os que são contra as cotas raciais por entenderem que a abertura de vagas para esses grupos significa o reconhecimento do descaso do Estado com a população e a institucionalização do preconceito racial, uma vez que direciona medidas reparativas a um segmento em prejuízo de outro." Para o professor, em que pese a polêmica, o debate serviu para que os alunos pudessem conhecer melhor o assunto em razão das pesquisas e estudos dirigidos, discuti-los e problematizá-los como exercício da cidadania democrática e construção do conhecimento histórico cultural do Brasil .