Leia o artigo: Consciência plena e qualidade de vida


10/05/2016


Refletindo sobre o nosso dia a dia, percebemos que o tempo está passando muito rápido e quando nos damos conta, tudo já acabou sem que prestássemos atenção em cada momento, situação, sensação e pensamento. Estamos cada dia mais cansados, ansiosos, estressados e adoecidos, comprometendo significativamente nossas relações com o outro e com a vida. Estar atentos no momento presente, nas experiência momentâneas, nos faz ter consciência de nós próprios. Trata-se de uma postura de aceitação das experiências. Mindfulness - atenção plena em português - é definido como a consciência que emerge quando entramos em contato com a nossa experiência atual, sem julgamento, sendo um estado mental a ser cultivado. Entrando em contato com nossa experiência atual, nos desligamos das respostas automáticas, fazendo com que tenhamos relações mais funcionais com o outro, com o meio, com nossos pensamentos, emoções, sensações, mesmo nos momentos mais difíceis de nossas vidas. Talvez você já tenha ouvido algo sobre Mindfulness em algum lugar; o que na comunidade científica médica e psicológica internacional já existe há 30 anos. Segundo Williams e Penman, a atenção plena, ou mindfulness, consiste em observar sem criticar e em ser compassivo consigo mesmo. Um dos pesquisadores de mindfulness é o Dr. Jon Kabat-Zinn, médico e cientista de medicina preventiva da Universidade de Massachusetts, que desenvolveu um programa de redução de estresse desenvolvendo técnicas de mindfulness com vários tipos de exercícios entre eles prática da respiração e relaxamento. A habilidade de estarmos conscientes e abertos à experiência presente, sem julgamentos, pode ser desenvolvida por meio de práticas de meditação específicas - chamadas de meditações mindfulness - que possuem resultados científicos comprovados. De acordo com o site brasileiro Mente Aberta Mindfulness Brasil, há estudos sobre intervenções baseadas em mindfulness para a promoção da saúde em várias populações, incluindo pessoas com diagnósticos de ansiedade, depressão, dor crônica, câncer, cardiopatias, entre outros problemas relacionados ao estresse; assim como em indivíduos que não apresentam problemas de saúde, como profissionais, estudantes da área da saúde, atletas, e outros, que apresentam altos níveis de estresse. A atenção plena não irá tratar nossas dificuldades, e sim trazer uma consciência diante delas, fazendo com que tenhamos uma visão ampla à respeito do problema. A prática de atenção plena ensina-nos a estar no agora, a viver cada momento da nossa vida com consciência, abertura e presença, porque o momento presente é o único momento que temos para viver e estar. O treino de mindfulness é um trabalho individual para o desenvolvimento de uma maior capacidade de viver no momento presente e desenvolvimento da consciência emocional de cada indivíduo. Os fatores de estresse fazem parte das nossas vidas, portanto é necessário desenvolvermos ferramentas construtivas e adaptáveis para lidar com estes fatores de forma equilibrada. A partir da década de 70, o mindfulness foi introduzido como prática terapêutica na Psicologia e tem demonstrado resultados positivos no que diz respeito ao bem estar físico e psicológico. É uma ferramenta que pode ser usada com efeitos terapêuticos comprovados e resultados positivos visando ao equilíbrio emocional, mental e físico. Professora Fátima Simoni Silva Pereira Consoni


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