Novembro Azul: curso de Psicologia da Unifadra realiza palestra sobre o tema
19/11/2019
Novembro Azul é um movimento mundial realizado durante o mês de novembro para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros. O Novembro Azul busca conscientizar os homens da importância de cuidar de sua saúde física e mental.
Com o tema da saúde mental dos homens, o curso de Psicologia da Faculdade Unifadra realizou, no dia 12 de novembro, a palestra “Homens & Diálogos: reflexão sobre os modos de subjetivação das masculinidades”, com o psicólogo Edson Marcelo Oliveira Silva, coordenador do Núcleo de Atenção ao Homem, de Presidente Prudente. Na ocasião, o grupo Coletivo Homens de Vênus de Dracena também falou sobre o assunto para os acadêmicos da Unifadra. O evento foi organizado pelos alunos do 2º termo do curso de Psicologia, sob a orientação da Profa. Raqueli Flumian.
“Precisamos falar sobre a construção da subjetividade masculina em nossa sociedade, que enrijece a possibilidade de existir baseada num modelo de homem forte, agressivo, competidor e sempre "vencedor", não havendo espaço para sentir, chorar ("homem não chora") e muitas vezes se solidarizar e se organizar a partir da própria fragilidade. O que temos visto é que esse modelo "do que é ser homem" tem custado muito caro para os próprios homens (o suicídio é a 3° maior causa de morte entre homens de 15 a 29 anos no Brasil, dados do SIM,2017), para suas companheiras (visto que o número de agressões contra as mulheres e os feminicídios estão aumentando) e para a sociedade como um todo. Isso sem contar as agressões e assassinatos da população LGBTQ+, que estão aqui pra nos dizer que precisamos de liberdade para sermos quem somos - com eles, muito podemos aprender”, comentou a professora Raqueli.
“Nesse sentido, trazer esse debate para a faculdade e para a sociedade é urgente e precisamos, sim, criar espaços em que o "ser homem" inclua poder sentir e falar sobre os próprios sentimentos, poder se olhar e se encontrar para além do modelo imposto. Para poder parar de repetir frases e comportamentos sem pensar sobre eles. Para fazermos isso, é preciso coragem e o que posso dizer sobre esse evento do dia 12 é que foi um evento corajoso, instigante e acolhedor. Que venham os próximos!”, completou Raqueli Flumian.
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