A professora do curso de Medicina da Unifadra de Dracena, unidade mantida pela Fundação Dracenense de Educação e Cultura (Fundec), Dra. Joyce Mendes Gomes Tessari terá seu artigo científico publicado na revista internacional Brain Research. O título do artigo é Repeated exposure of naïve and peripheral nerve-injured mice to a snake as an experimental model of post-traumatic stress disorder and its co-morbidity with neuropathic pain (tradução não-literal: Exposição repetida a serpentes de camundongos, submetidos ou não ao procedimento de constrição do nervo ciático, em um modelo experimental de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), e avaliação da comorbidade com a dor neuropática). O estudo foi realizado no Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e contou com a supervisão do Prof. Dr. Norberto Cysne Coimbra, da Faculdade de Medicina da USP-Ribeirão Preto, e a colaboração da pesquisadora Dra. Tatiana Paschoalin Maurin e de pesquisadoras de renome internacional, como a Profa. Dra. Lucy Donaldson, da University de Nottingham - Inglaterra, Profa. Dra. Bridget Lumb, da University of Bristol - Inglaterra, e Dra. Caroline Blanchard, da University of Hawaii - Estados Unidos. A professora explicou que as principais contribuições do estudo foram propor e testar um novo modelo animal para o estudo de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Além disso, uma vez que pesquisas demonstram que pacientes com dor crônica apresentam maior tendência a desenvolver TEPT quando expostos a um evento traumático e vice-versa, o estudo também visou investigar a comorbidade entre essas doenças. Confirmando essa teoria, os resultados demonstraram que camundongos submetidos ao novo modelo para estudo do TEPT tenderam a desenvolver alodínia, ou seja, queda do limiar de resposta à dor, de modo que estímulos que antes não eram dolorosos passaram a ser percebidos de modo intenso. “É importante ressaltar que os resultados do presente estudo serão importantes para auxiliar na elucidação das bases neurais e neuroquímicas dessa possível comorbidade, assim como podem, no futuro, favorecer os testes de novos medicamentos e/ou terapias para o tratamento dessas patologias altamente incapacitantes”, acrescentou Joyce Tessari. A Unifadra parabeniza a professora pela pesquisa e agradece suas contribuições educacionais e a divulgação internacional do nome da instituição.