Em 9 de abril, comemoramos o Dia Nacional da Biblioteca. A data relembra a importância destas instituições no incentivo à leitura como ferramenta para a formação dos cidadãos e também mostra um pouco do trabalho que estes locais desenvolvem.
No caso da biblioteca “Prof. Gumercindo Corrêa de Almeida Moraes”, mantida pela Fundec (Fundação Dracenense de Educação e Cultura), esse trabalho é voltado a um público muito diversificado, que engloba a comunidade acadêmica das unidades de ensino mantidas pela fundação (Anglo-CID, CEP/UME e Unifadra), bem como a municipalidade.
Para atender a todo esse público, o espaço conta com 4 colaboradores: Iuli Rossi (bibliotecária), Fernanda Oliveira (técnica em biblioteconomia), Vanilza Scarabelli e Ulysses Moreno (auxiliares administrativos) e com 3 estagiários: Gabriel Ozanik, Vinícius Gallette e Letícia Miranda.
Segundo a bibliotecária Iuli, “pensar em leitura como prática social significa conduzir o leitor às múltiplas relações com o mundo e com a realidade à sua volta. A leitura combate a ignorância, é uma ação de inserção sociocultural na sociedade, no mundo globalizado. O indivíduo que domina a leitura sabe interpretar, consegue evitar ser manipulado por outros. Portanto, a leitura desenvolvida nas escolas pode gerar indivíduos competentes perante as dificuldades que encontram na sociedade. É importante mencionar que a biblioteca tem um papel diferenciado da escola em relação à leitura: a escola ensina a ler e a escrever, a biblioteca promove e incentiva a prática e o prazer da leitura e da escrita”, acrescenta.
A biblioteca da Fundec atende desde crianças do ensino básico que estão na fase de letramento (aprendendo a ler as palavras), àquelas que já estão na fase da alfabetização (desenvolvendo habilidades de escrever, ler e interpretar textos escritos), além de jovens e adultos na fase de formação profissional (que realizam pesquisas em acervos acadêmicos e materiais técnicos); bem como todos os interessados em ler e usar o espaço da biblioteca para seus estudos, pesquisas e lazer.
Com o início da pandemia, a biblioteca precisou deixar de atender ao público. Agora, vem retomando sua rotina presencial focada na comunidade acadêmica da Fundec, ainda sem uma previsão para retomar o atendimento ao público externo.
Entre as atividades desenvolvidas na biblioteca da Fundec, há projetos como “O que você deseja ler?”, que procura entender o que as pessoas estão buscando ler para incluir no acervo - e títulos como o livro infantil “Meu crespo é de rainha” aparecem aqui -, além do “Ranking de leitura do Anglo-CID”, que incentiva nos alunos do ensino básico o hábito da leitura.
Iuli ainda destaca que “biblioteca é lazer, lugar de compartilhar ideias e de conversar” e explica que as pessoas querem ler, mas às vezes não sabem explicar o que procuram. Segundo a bibliotecária, com um bom bate-papo, entendemos o que as pessoas buscam e recebemos indicação de outros títulos para nosso acervo. “Há até casos em que alunos estavam para desistir do curso, mas descobriram na biblioteca materiais de apoio para superar as dificuldades de entender conceitos e outros assuntos abordados em sala de aula e hoje estão cursando estágios e às vésperas de se formar”, comemora.
Instalada em um espaço amplo e climatizado no prédio da Unifadra, a biblioteca conta com espaço de leitura, espaço infantil, biblioteca digital e duas salas para estudos em grupos e possui um acervo físico de 18.335 exemplares, disponibilizando seu catálogo on-line para consulta. Também estão disponíveis os acervos virtuais das bibliotecas Universitária Pearson e Minha Biblioteca.
Os alunos ainda contam com serviços como: 1. orientação técnica ABNT (suporte à normalização de documentos acadêmicos), 2. estruturação de trabalho acadêmico (orientação para direcionar as pesquisas necessária para desenvolver os trabalhos acadêmicos), 3. pesquisa em bases de dados (como localizar a informação necessária - e acreditem, não é tão fácil quanto parece, porque palavras-chaves podem levar a um enorme volume de outras informações relacionadas) e 4. montar as referências bibliográficas (organizar e padronizar tudo o que foi usado no trabalho).
Estes serviços complementam as orientações iniciais transmitidas por Iuli aos alunos dos primeiros termos dos cursos superiores da Unifadra, então é preciso agendar estes atendimentos na biblioteca.
“Aproveitando a data, qual foi o último livro que você leu? Quantos livros você costuma ler por ano?”, provoca a bibliotecária Iuli Rossi. “Biblioteca é lazer, lugar de compartilhar ideias e de conversar. Venha bater um papo com a gente e descobrir o que a leitura pode te proporcionar”, convida.
A direção da Unifadra faz a gestão da biblioteca e, segundo Daniela Macário, vice-diretora da Unifadra, “é importante lembrar estas datas comemorativas. Em abril, estamos buscando dar mais visibilidade ao trabalho desenvolvido em nossa biblioteca e incentivar novos leitores. Para outubro, estamos nos programando e preparando atividades para celebrar a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca”.
CURIOSIDADES
A data de 9 de abril ficou marcada como o “Dia Nacional da Biblioteca” em função do decreto nº 84.631 da Presidência da República, assinado há 42 anos (1980). Este decreto instituiu a "Semana Nacional do Livro e da Biblioteca", de 23 a 29 de outubro, e o "Dia do Bibliotecário", 12 de março.
Quem pesquisar ainda vai descobrir que, em 29 de outubro, também é o “Dia Nacional do Livro” e, segundo informações do site da Biblioteca Nacional, “além do dia 9 e de sua importância para a cultura, o livro, a leitura e as bibliotecas brasileiras, 10 de abril também marcou de maneira representativa a disseminação das bibliotecas no país: no ano de 1915 (há 107 anos), ocorreu a aula inaugural do primeiro curso de Biblioteconomia do Brasil. O evento ocorreu na própria Biblioteca Nacional”.