Colégio Maxi participa de projeto com Unesp e Receita Federal para transformar celulares apreendidos em ferramentas educacionais interativas

Fotos: FCAT - Unesp Dracena
17/07/2025


Os alunos do Colégio Maxi Dracena, que cursam o Ensino Médio Integrado ao Técnico em Programação de Jogos Digitais, estão atuando em uma iniciativa que une tecnologia, sustentabilidade e educação. O projeto tem como objetivo transformar smartphones apreendidos pela Receita Federal, que seriam destruídos, em ferramentas educacionais para escolas públicas da região.

A proposta nasceu de uma colaboração entre a Receita Federal de Presidente Prudente e a Unesp de Dracena e foi ampliada com a inclusão do Maxi Dracena. Agora, os estudantes do colégio estão trabalhando no desenvolvimento de ferramentas educacionais, utilizando a gamificação, para que os celulares possam ser utilizados por professores do Ensino Fundamental II da rede estadual como suporte no aprendizado de seus alunos.

Desenvolvimento de Programas Interativos Educacionais

Os alunos do Maxi se dividiram em grupos e, com liberdade criativa, estão utilizando plataformas e linguagens de programação com as quais possuem mais afinidade para o desenvolvimento dos protótipos dos programas interativos educacionais. O objetivo é criar recursos digitais que tornem as aulas do ensino fundamental mais atraentes, facilitando o aprendizado e despertando o interesse dos alunos.

A parte pedagógica dos jogos é acompanhada por professores do currículo básico, que orientam os grupos a fim de garantir que os conteúdos estejam alinhados com os objetivos educacionais das disciplinas abordadas. A etapa de programação conta com o apoio do professor especialista Victor Bernaque dos Anjos, que está responsável por acompanhar os alunos na parte técnica.

Entre os protótipos em desenvolvimento, destacam-se:

  • História no Minecraft: um mundo virtual com cenários históricos estudados na disciplina e minigames de perguntas e respostas.
  • Combinações Químicas: ferramenta que permite simular misturas de elementos da tabela periódica.
  • Quiz PF: jogo com curiosidades e conhecimentos sobre a Polícia Federal, mostrando a importância do trabalho realizado pelo órgão.
  • Aventura 3D: jogo imersivo com desafios baseados em questões escolares.
  • Forca de Biologia: versão digital do jogo da forca com temas relacionados à disciplina.
  • Quiz de Matemática: perguntas e respostas com temas relacionados à matemática.
  • Quiz de Conhecimentos Gerais: perguntas divididas por séries escolares.
  • Missão Saúde Total: jogo com foco em educação alimentar e hábitos saudáveis.
 

Para o professor responsável pela frente de programação de jogos digitais do Maxi, Prof. Me. Alexandre de Queiroz, a participação do colégio no projeto é a oportunidade de apresentar à comunidade o trabalho realizado pelos alunos, mostrando uma aplicação real dos jogos - que vai muito além do entretenimento. “Participar deste projeto é um grande desafio para alunos e professores. Requer muita dedicação e muito estudo. Será uma grande satisfação poder entregar para a comunidade produtos desenvolvidos por nossos alunos que farão a diferença na educação de jovens de nossa região.”

Visibilidade e impacto

No início de junho, o Delegado da Receita Federal de Presidente Prudente, Dr. Sérgio Lourenço Junior, esteve na Unesp de Dracena para acompanhar de perto o andamento do projeto e avaliar os primeiros protótipos. A expectativa é de que, ao final do processo, os celulares sejam entregues às escolas públicas da região com os jogos e ferramentas já instalados, promovendo um salto significativo na qualidade do ensino com o uso de tecnologia.

“É com imensa satisfação que tomo conhecimento do detalhamento do projeto que está sendo desenvolvido pela Unesp de Dracena, cuja primeira versão do protótipo contendo programas interativos de ensino foi divulgada quando estive em visita à Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas da Unesp – Câmpus de Dracena (FCAT), no dia 2 de junho de 2025”, destaca o Dr. Sérgio.

Segundo o delegado, “o empenho e a motivação dos alunos envolvidos são muito gratificantes e entendo que são os principais fatores para o atingimento do objetivo que está sendo proposto. Parabenizo o Prof. Me. Alexandre de Queiroz, responsável pela execução deste projeto, bem como à diretora do colégio Maxi, Cátia Cilene Afonso, por terem assumido este compromisso de democratizar o acesso à tecnologia educacional através da transformação de celulares que seriam destruídos pela Receita Federal do Brasil. Por fim, um agradecimento especial à direção da Unesp Dracena, representada pela diretora, Profa. Dra. Sirlei Maestá, e pelo vice-diretor Prof. Dr. Leandro Tropaldi, que proporcionaram esta oportunidade de estabelecermos esta parceria que, além de beneficiar os alunos da rede pública de ensino com os programas educacionais interativos, estará contribuindo com a gestão ambiental e com a responsabilidade social através de ações benéficas para toda a sociedade”.

A diretora do Colégio Maxi, Cátia Cilene Afonso, ressalta a participação da escola neste projeto pioneiro, realizado em parceria com a Unesp e a Receita Federal, que reforça a democratização do acesso à tecnologia educacional, promovendo mudanças reais nas escolas públicas da região. “É uma iniciativa que une tecnologia, educação e compromisso social, com um impacto que vai muito além do aprendizado técnico. Trata-se de um marco histórico para o Maxi, especialmente neste ano em que formamos a primeira turma de um curso tão inovador. Agradecemos à direção da Unesp, Profa. Dra. Sirlei Maestá e Prof. Dr. Leandro Tropaldi, ao Dr. Sérgio Lourenço Junior e à Receita Federal por confiarem em nosso trabalho e no potencial dos nossos estudantes”.

Essa iniciativa representa um modelo de inovação social, ao transformar resíduos eletrônicos em instrumentos de aprendizagem, engajar jovens no desenvolvimento de soluções reais e aproximar instituições públicas e privadas com foco no bem comum.


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