Um século depois de vir a público, foi julgado e sentenciado o rumoroso caso relatado pelo sr. Bento Santiago, o Bentinho, no romance "Dom Casmurro", de Machado de Assis. A centenária querela, envolvendo a suspeita de adultério da mulher do narrador, Maria Capitolina Pádua, a Capitu, com o amigo Escobar, foi decidida em julgamento "jurídico e literário" realizado na última quarta feira no Auditório "Prof. Geraldo Mariano Alves" da Unifadra. O júri foi presidido pela professora mestre Lizandra Nascimento Martins da disciplina de Literatura do ensino médio do Colégio Anglo-CID. Para esta atividade, todos os alunos tiveram que ler ou reler a obra, que inclusive foi objeto de avaliação em classe. Foi realizado sorteio entre o 1º e o 2º ano do Ensino Médio para determinar quem atuaria como acusação e defesa, os alunos do 3º médio foram sorteados no início do júri para compor os jurados, enquanto as coordenadoras Tatiane e Patrícia atuaram como juízas e leram a sentença tomando como base o ritual de um júri real. Segundo a professora, "levar o aluno a ler não é tarefa fácil nem impossível: você tem que se desdobrar para motivá-lo. Particularmente, procuro trabalhar algumas técnicas e dinâmicas que aprendi e outras que criei. Aprendo muito com meus alunos, porque a relação que temos é recíproca, de respeito, amizade, companheirismo, sempre na busca de novos valores para dignificar nossa vida. O intuito de ensinar algo, despertar neles o gosto de ler por prazer."